Em 2004 fui ao Quénia. As duas primeiras impressões foram o cheiro intenso a Diesel, que voltei a reconhecer mais tarde em Luanda e em Marrocos, e os policias com metralhadora que voltei a reconhecer em Luanda e numa rusga em Estremoz.
À porta de cada restaurante, sempre em vivendas de luxo do centro de Nairobi, havia, ou um de metralhadora ou um de lança. Famosos pelas suas ferocidade e lealdade, os individuos da tribo Maasai são frequentemente recrutados como seguranças privados.
Àparte disto, à chegada ao restaurante Etíope, seguia o seguinte moço na parte de trás da carrinha da frente.
Só o vi a fazer isto uma vez.
Este caminhante, que aparenta fazê-lo alternando a mesma sandália entre os dois pés, ía na direcção de Mombassa. Naquele momento, ainda perto de Nairobi, (a perspectiva deve-se ao facto de na antiga colónia britânica se conduzir, no mínimo, pela esquerda), tive a sensação de que se fosse preciso, percorreria, a pé, os 400km que separam as duas cidades. Não se desviou do carro.
Num Parque onde a população de elefantes é superior a 1000 individuos, (e eles andam sempre aos molhes), foi uma sorte apanhar um só entre mim e o Kilimanjaro. Até porque só no primeiro dia é que se viu assim com tão poucas nuvens.. e já lá vai o tempo em que tinha assim tanta neve.. dizem..
Apesar de algum dramatismo mediático que possa causar, fiquei com a sensação de que estaria tudo bem lá para dentro da carrinha até porque atrás, e ao contrário do que sucede na Europa, pediam para se contactar a empresa no caso do condutor se portar particularmente bem.. não fui capaz de ligar.
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